sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

..promessas..

Mais uma noite fria de inverno, a chuva cai intensamente lá fora, estou confortavelmente aninhada no sofá. Um conforto físico que não levanta suspeitas, contudo há aqui um sobressalto. Enquanto o corpo repousa a cabeça não pára por um segundo. Uma luta, um desejo, um querer, um querer e não poder! Um confronto levado ao extremo das capacidades. Agarro pela décima vez no telefone. Mais uma vez o atiro para longe, o mais longe do meu alcance. Tento distrair-me, em vão, e nem de propósito toca aquela música. Será um sinal? Quero convencer-me que não, mas lentamente quase que por magia o telefone parece mais próximo. Não aguento! Também não sou perfeita, se calhar sou mesmo é chata! Vou quebrar uma promessa, vou fazer jus àquela máxima que diz: "promessas leva-as o vento", parece que vou. Nem é a promessa de ligar ou não ligar, é o facto de ter a certeza de que se ligar vou falar num assunto que tinha prometido a mim mesma não falar. Prometi-o por achar que não é justo insistir, por achar que não pode estar só na minha mão, por achar que se outrem quiser vai ter de querer porque quer e não porque eu quero. Porque estes são princípios básicos de educação e sobrevivência. Claro está que quebrei a promessa! Fiquei um nadinha triste com a minha falta de racionalidade, logo eu que tantas vezes ponho a emoção de parte. Quebrei-a num laivo de honestidade, de querer, esquecendo-me que para este querer não basta somente o meu desejo. Quebrei a promessa e vou retirar uma qualquer lição desta minha acção, o tempo vai dizer-me se fiz bem ou mal. Mesmo tendo a perfeita noção de que as promessas não são para se quebrar, quebrei-a...

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