domingo, 5 de julho de 2009

Não

Nunca percebi porque é que a maior parte das pessoas têm uma enorme dificuldade em dizer "Não". Utilizamos muitas vezes o "sim" com um grande sorriso e quando é preciso dar um "não" mais parece que vem algum imposto associado! O "sim" e o "´não" são tomadas de posição que se situam exactamente no mesmo patamar, o das decisões e da vontade. A nível de consequências é exactamente igual, basta que seja uma decisão honesta. Lido muito melhor com as consequências de um "não" do que com a falsidade de um pseudo "sim" daqueles que são só para agradar ou não parecer mal. Desculpem mas já dei para o peditório de frete.. Obviamente temos de ceder nalgumas situações, por bom senso, contudo em algumas outras a nossa vontade, ou aquilo que é melhor para nós, tem de prevalecer.
Hoje já tive de emitir um "não" bem sonoro. E não foi propriamente um daqueles que caiem bem. Caiu tão mal quanto o assunto que o provocou. Há pessoas que acham sempre que os outros têm de ouvir a sua vida e as suas sucessivas histórias de desfecho infeliz. São anos de histórias miseráveis que, no início, me pareciam quase azar e me faziam ouvir e dar atenção. Os anos passaram e as histórias sucederam-se. Há os que têm tendência para o drama, diria mais que têm como modo de vida "cavar o buraco" onde caiem constantemente. Perdi a paciência para alguém que nem sequer é amigo, que é simplesmente funcionário da mesma empresa. Perdi a paciência para a coitadinha que só o é por mérito próprio. Talvez não tenha culpa daquilo em que se tornou mas, na verdade, continua a cometer sempre os erros que a levam ao triste desfecho. Não tenho pena ou compaixão. Quando a burrice atinge determinados limites eu desisto. Hoje disse: "não quero ouvir, não quero saber". Simplesmente paciência tem limites e a minha chegou ao fim. Onde andará o amor próprio destas pessoas? Já tentei que o descobrisse, não resultou! Desisti e não quero saber de mais uma história igual em quase tudo. Não quero saber de algo que nunca vai mudar, não quer que me consuma a minha boa energia. É um direito que tenho, não vou poder ajudar, não sou profissional da área da saúde e pura e simplesmente não me pagam para ouvi-la. É o bom senso de dizer "não" a algo que não me faz bem. Depois deste "não" acho que ficou claro....Não, não , não quero saber! A verdade é que pela primeira vez se fez silêncio! Incomodativo? Nada disso, aquele "não", como que por magia, gerou um silêncio que foi música para os meus ouvidos....

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